Se não pode com Manginga não carregue um Patuá


Muitos negros cativos vieram da região norte da África onde muitos haviam se convertido ao Islã e se tornado mulçumanos.Os escravos os chamavam de Malês, Mulçumês, Haussas e Mandingas.

Para eles só existia Alá e o profeta Muhamed. Por saberem ler e fazer contas, os Senhores de escravos o pegavam para serem Capitães do Mato, pois achando todos os negros pagões não iriam acobertar suas fugas. Como todo mulçumano, deviam rezar 5 vezes por dia voltados para Meca, assim, amarravam seus cavalos, ajoelhavam no chão e começavam a rezar. Os escravos, vendo este ritual, achavam que eles eram feiticeiros e por isso eram tão temidos e respeitados pelos seus senhores.

Quando um escravo via um Mandinga ajoelhado e falando palavras que eles não entendiam pensavam que eles estavam conjurando um feitiço e diziam que eles estavam "mandingando"

Os mandingas andavam com um colar no pescoço com um saquinho pendurado onde colocava trechos do Alcorão. Por sua cultura Africana era como se naquele saquinho estivesse assentado Alá e costumavam "dar de comer" a ele, colocando sementes, ervas e pedras dentro do saquinho. O nome desse saquinho era PATUÁ e os negros escravos achavam que era isso que os protegiam de tudo.

Quando um escravo queria fugir, fazia um saquinho igual, aprendia algumas palavras do dialeto mulçumano, colocava o Patuá no pescoço e ia embora, se fazendo de Mandinga.

"SE NÃO PODE COM MANDINGA NÃO CARREGUE UM PATUÁ"

Os mandingas eram muito crueis com os pagões que se faziam passar por mulçumano

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