Vida após a Morte

Em primeiro lugar o que ocorre é a morte de nosso corpo carnal, não morremos, apenas mudamos do plano material para o plano espiritual, sendo assim, continuamos a ser o que éramos antes, com os mesmos defeitos e virtudes.
A irradiação de Pai Omulú, responsável pela paralisação dos seres,  envolve o ser e corta o cordão de prata que liga o espírito ao corpo, paralisando a vida material. Logo em seguida o ser é envolvido pelas irradiações de Pai Obaluayê, responsável pela evolução dos seres, que o o transportará para a dimensão espiritual e para o nível condizente com sua vibração mental.
O seu grau de consciência o ligará ao nível vibratório que ele irá permanecer após o desencarne (cada um no seu lugar de merecimento).

Alguns podem ser transportados para as colônias espirituais para o refazimento , outros se mantém junto ao corpo físico, pois, por não acreditarem  em vida após a morte, mantém seus mentais presos a vida material, ou ainda, por suas baixas evoluções, presos as pessoas e vícios que aqui deixaram.
Por não conseguirem mais, sem o corpo físico, absorver o prana (energias), os espíritos de baixa evolução continuam a sentir fome, sede, dores, sono e falta de seus vícios (fumo, bebida, drogas, sexo) e não conseguem se reequilibrar, vão negativando mais seus mentais, caindo cada vez mais de níveis vibratórios.
Estes espíritos são chamados de  EGUNS , embora no Candomblé todos os espíritos de pessoas desencarnadas são Eguns, inclusive nossos Guias Espirituais, pois já estiveram encarnados na terra.

Muitos são os trabalhadores espirituais que ajudam de diversas maneiras estes espíritos, primeiramente tentam esclarecê-lo das verdades espirituais e encaminhá-lo para colônias de tratamento, se não conseguem, aguardam que este espírito adquira um maior grau de consciência para tentar nova investida.
Os acessos destes trabalhadores aos planos negativos são feitos pelos Exus que trabalham para a Lei naqueles níveis vibratórios, executam as ordens do Alto fazendo com que aqueles seres expurgam todos os seus vícios e se libertem, tomando assim consciência dos seus erros, faltas e vícios.

Oferendas em Cemitério


O cemitério é um lugar sagrado em todas as religiões e é um ponto de força muito usado por nós Umbandistas.
Também chamado de Calunga Pequena, Calunguinha ou ainda Campo do Pó ou Campo Santo é nele que as coisas se transformam, se transmutam.
No espiritual existem vários pontos de forças, vários locais vibratórios, e o cemitério é um deles, trocando em miúdos é um portal para uma seara, uma egrégora energética, lugar onde as vibrações de Omulu (morte, paralisação) e Obaluaye (evolução, transmutação) dão sustentação, onde encontramos as forças de Nanã Buruque, Yansã das Almas, Ogum Megê e de muitos outros orixás que atuam na evolução dos seres. É Uma Campina Aberta (Oxalá e Oyá Tempo) cercada de árvores (Oxossi) com concentração de terra (Obá).
Nesta seara não existe túmulos, campas ou covas, é um lugar onde as energias estão mais concentradas, mais densas, pois estão atuando o tempo todo na transformação, na transmutação da vida material para a vida espiritual. Por esse motivo sentimos o ar mais “pesado” quando estamos em um cemitério.
Não há motivo para sentirmos medo, pois é um dos pontos de força mais movimentado e protegido. Trabalhadores espirituais estão o tempo todo atuando, esclarecendo, curando e encaminhando os recém desencarnados.  
Nós Umbandistas, cientes do poder deste ponto de força costumamos fazer oferendas para esses Orixás ou para estes Trabalhadores (sejam eles Exus, Pomba Giras, Caboclos, Boiadeiros...) e pedir pela paralisação (morte) de nossas doenças, vícios, tristeza, para transmutar nossos sentimentos negativos ou encaminhar algum espírito negativo que esteja atuando em nosso campo mediúnico.
Quando entramos em um cemitério, saudamos as forças atuantes para demonstrar nosso respeito e devoção.
Saudamos e pedimos licença ao Exu Sentinela daquele cemitério para entrarmos no campo guardado por ele.
Ao entrar ajoelhamos e saudamos Obaluayê (cruzando o chão com a mão direita) – Omulú (tocamos o chão 3 vezes com a mão esquerda) – Yansã das Almas -  Ogum Megê (*Este ritual também se repete na saída)
Cobrimos nossa cabeça com um lenço branco para que as energias densas do local não desequilibrem nosso mental e com muito respeito nos dirigimos ao local de nossa oferenda.
Quase todo cemitério possui um Cruzeiro, ou ponto central, e é a partir dele que as energias são irradiadas.
Obaluayê irradia a direita do Cruzeiro e lá novamente ele é saudado e oferendado.
Omulú irradia à esquerda do Cruzeiro, onde deve ser saudado e oferendado.
Guias de direita podem ser oferendados e saudados na frente do cruzeiro e Guias de Esquerda atrás do Cruzeiro.
Na Umbanda não há sacrifício animal e toda a oferenda deverá ser recolhida ao final do trabalho.

A atuação do "local" nos cultos.


  
Várias vezes fazemos cultos fora do Templo, em algum ponto de força, e que, além da atuação mais forte da irradiação do Orixá dono daquele campo, o "local" também irá atuar nas pessoas envolvidas pois também irradiam energias que atingem nosso corpo espiritual.






  • Um Culto à beira d água limpa e sutiliza o corpo energético das pessoas e o magnetiza positivamente.
  • Um Culto nas matas fecha aberturas na aura e a expande, sutiliza o magnetismo mental e purifica os órgãos etéricos do perispírito.
  • Um culto no tempo (campo aberto) dilata os sete campos magnéticos das pessoas tornando-os mais "leves".
  • Um culto na terra arenosa densifica o magnetismo mental e concentra as energias das pessoas

Banho...pra que banho?

As vezes passamos em consulta com um guia de umbanda e ele apenas nos pede para que façamos um banho de ervas ou nos pede para ir ao mar ou em uma cachoeira para nos banhar. Muitas pessoas não dão muita importancia e acham que seja uma solução muito simplista, mas saiba que:

  • Um Banho de Ervas limpa o espírito através de seu corpo espiritual usando a essência vegetal.
  • Um Banho de Cachoeira desagrega energias enfermiças acumuladas no perispírito e já internalizada nos orgãos etéricos.
  • Um banho de mar queima larvas astrais, curando e purificando o corpo perispitual.

Amor de Mãe...

Filha querida,

Saiba que sempre serei tua mãe que tanto te ama, sempre serei aquela a qual se verá refletida em sua essência, a que vibra em teu intimo e que te conduz com amor, a que ampara teus passos e a que sente suas aflições. Isso não irá mudar nunca, pois você sou Eu e Eu sou você.

O Amor que vibra intensamente em nosso ser é uma benção Divina e é preciso o amadurecimento da alma para que este amor não se transforme em dor.

Faz parte de nós amarmos... mas faz parte apenas de você desejar ser amada.
A mim o Amor Divino me completa.

Faz parte de nós amarmos... mas faz parte apenas de você sofrer pelas pessoas amadas.
A mim a Fé Divina me consola.

Desejar ser amada pelos que você ama é querer receber em troca o amor dado... Nós não damos amor, nós doamos o amor que há em nós.

Preocupação, insegurança, medo e mágoa geram sofrimento e o sofrimento é a ausência de Fé.

Tenha mais Fé! Tenha fé em você, pois tendo fé em você também terá em mim, pois Eu sou você e você sou Eu. Eu Sou. Nós Somos.

Cubro-te com meu manto e te coloco no Tempo. O Tempo te amadurecerá.

Leve nossos Amor aqueles que deixaram de amar no Tempo...
Leve nosso Amor aqueles que sofrem no Tempo...

Não estarás sozinha no Tempo, estarei contigo e contigo também estarão aqueles que te amam, pois você é minha filha amada que amada é.

Tenha para nunca esquecer que o Amor tudo cura e que com o Tempo tudo passa...

(Mensagem recebida de Oxum para esta filha que a ama)

Minha casa tem sentinela.





La na porteira eu já deixei
meu sentinela...
La na porteira eu já deixei
meu sentinela ...
Deixei Exu tomando conta da cancela
Deixei Exu tomando conta da cancela





Quando entramos em um terreiro, sempre saudamos a tronqueira ou a firmeza de esquerda colocada na entrada. Em primeiro lugar pedindo licença para entrar em um recinto religioso guardado por ele e em segundo lugar por que é através dessa força que nossas energias negativas serão absorvidas.
 
Saudação:
 
Entrelaçamos os dedos das mãos e voltamos as palmas para o chão fazendo movimentos circulatórios anti-horário saudamos Exu
 
Salve Senhor Exu Sentinela
Salve sua Força e me dê licença de trabalhar (de entrar)
Salve Senhor Exu Sentinela
 
No final, batemos palmas 3 vezes com a mão esquerda sobre a direita (polo negativo sobre o positivo)

Por que acendemos velas?


A vela acesa dentro do terreiro tem o objetivo de movimentar ou colocar em ação a “energia ígnea”, tal qual o charuto aceso, o alguidar com álcool, o carvão…

A Umbanda, na sua essência e por ser mágica, trabalha com os elementos da natureza: – água, ar, terra, fogo, mineral, vegetal e mineral.

A energia ígnea além de transmutar é também um condutor energético. Esta energia é fundamental ao equilíbrio mental no campo da razão. A absorção dela é vital para que alcancemos um ponto de equilíbrio em todos os sentidos da Vida. Assim como cada substância tem seu ponto de equilíbrio, medido em graus Celsius ou Fahrenheit, nós também temos esse ponto. e dependendo da absorção dessa energia ígnea, tanto podemos acelerar quanto paralisar nosso racional, deixando de usar a razão e recorrer à emoção ou aos instintos.

O uso religioso das velas justifica-se porque quando as acendemos, elas tanto consomem energias do prana quanto o energizam, e seus halos luminosos interpenetram as dimensões básicas da vida, enviando a elas suas irradiações ígneas e conseqüentemente nossos pedidos feitos.

* Irradiações = frequencia por onde flui as energias.

Cada Dimensão vibra numa frequencia e o fogo sendo uma energia não tem cor, mas frequência tem, por isso usamos velas coloridas que quando queimadas, queimam seu pigmento gerando uma frequencia que capta as irradiações do Alto. A vela branca, por ser a união de todas as cores irá fluir em todas as frequências.

Portanto, quando ascendemos uma vela para um guia ou orixá, estamos nos "conectando" a eles através de suas ondas vibratórias e não lhe "dando" luz.

Saudar tocando no chão.

Acreditavam os nagô que existiam nove espaços (planos) no além. Entre os quatro superiores e os quatro inferiores, havia um plano intermediário que se localizava (exatamente) no espaço ocupado por nosso planeta; esse seria o plano astral terrestre. Era através desse espaço que chegavam à Terra os orixás e ancestrais vindos dos vários outros planos.

Surgiam, pois, para os nagô, os orixás e ancestrais de dentro da Terra. Assim, quando desejam chamar os orixás, os nagôs tocavam três vezes os solo (após o nome do orixá ser pronunciado).

O solo diante dos tambores também era tocado (antes ou depois de tocarem com os dedos o próprio atabaque), afinal, quem chamava (através do som) os orixás eram os tambores.

O solo era sempre tocado três vezes; o três representa na cultura nagô ação, movimento, expansão … Tocar o solo três vezes era o gestual que significava o “assim seja”, o cumpra-se … Então quando, por exemplo, o nome de Ogum pronunciado, todos tocavam três vezes o solo; “assim seja”, “que Ogum venha até nós”…

No Brasil, os africanos, para consagrar o solo, para transformar o terreiro em uma pequena África, enterravam relíquias trazidas (da África) … tranformando (ritualmente) o solo brasileiro em solo africano (”chão” dos seus orixás).

Para que "Bater Cabeça"?

O ato de bater cabeça, talvez seja a parte da ritualística umbandista cuja simbologia esteja no inconsciente coletivo da humanidade desde o princípio dos tempos.
O ato de levar a cabeça ao solo é encontrado, praticamente, em todas as religiões.
Podemos interpretar este ato como o reconhecimento da submissão do ser humano diante da onipotência da Divindade.

Ou seja, a aceitação de nossas limitações diante daquilo que não podemos controlar. Trata-se, portanto, de um sinal de respeito e de entrega bem como de humildade e agradecimento.
Na Umbanda bater cabeça significa respeito pelos orixás, guias e entidades que são representadas pelo congá.

Em algumas casas também se bate cabeça tanto nos pontos de força ou energia (a tronqueira e os atabaques) como para  os sacerdotes,  sacerdotisas ou os mais velhos na religião.

Saudação diante do Congá:


Peço Força ao nosso Pai Oxalá
Peço Benção aos Pais e Mães desta Casa
Saúdo minha coroa diante do Pai Maior
Salve!

Fios de Contas na Umbanda

Conhecidas também como “Cordão de Santo”, “Colar de Santo” ou “Guias”, são ritualisticamente preparadas, ou seja, imantadas, de acordo com a tônica vibracional de quem as irá utilizar (médium e entidade), e conforme o objetivo a que se destinam.

São compostas de certo número de elementos (contas de cristal ou louça, búzios, Lágrimas de Nossa Senhora, dentes, palha da costa, etc.), distribuídos em um fio (de Aço, Náilon ou fibra vegetal), obedecendo a uma numerologia e uma cromologia adequada; ou ainda, de acordo com as determinações de uma entidade em particular.

As contas de louça lembram, por sua composição, a mistura de água e barro, material usado para criar o mundo e os homens, por isso são as mais usadas.

Para que servem

• Têm poder de elevação mental. Se utilizadas durante um trabalho espiritual, tem função de servir como ponto de atração e identificação da vibração principal e/ou falange em particular, atuante naquele trabalho, servindo assim como elemento facilitador da sintonia para o médium incorporado. Elas nos auxiliam em nossas incorporações, pois estas atraem a “energia” particular de cada entidade, captando e emitindo bons fluidos, formando assim, um círculo de vibrações benéficas ao redor do médium que as usa.

• Servem como pára-raios. Se há uma carga grande, ao invés desta carga chegar diretamente no médium, ela é descarregada nas guias, e se estas não agüentarem, rebentam.

• Podem ser utilizadas pelo médium, para “puxar” uma determinada uma determinada vibração, de forma a lhe proporcionar alivio em seus momentos de aflição.

Analogia de uma incorporação


* Incorporação: Estado alterado de consciência onde atualmente menos de 1% dos médiuns são inconscientes. A maioria das incorporações é consciente ou semi-cosciêntes, por isso a necessidade de desenvolver a passividade dos médiuns. O guia espera a sua confiança. Incorporar é dar passagem para que outra personalidade se manifeste. 70% das incorporações não são mecânicas, isto é, apenas o mental é tomado, portanto, quando incorporado, seu corpo pode tossir, espirrar, limpar os olhos, o nariz, pois trata-se do corpo do médium com todas as suas necessidades fisiológicas.

Nosso corpo é o veículo do guia, como um carro, que ele usará para se manifestar.

Nascemos dentro deste carro e a afinidade com o nosso veículo é tão grande que não fazemos nada sem ele, olhamos pela sua janela (olhos) andamos (pernas), não imaginamos que esse carro possa ter dois lugares ou que alguém possa "dirigi-lo" sem causar um desastre.

A primeira coisa que o guia nos mostra é que não somos este carro, apenas vivemos dentro dele, e vai querer mostrar que alguém mais pode "dirigi-lo" para você.

A nossa dificuldade inicial é "entregar a direção" para ele.

Nas giras de desenvolvimentos vamos sentir muitos "trancos" e sentir uma presença ao nosso lado (é o guia que sentou no banco do passageiro e está pisando no freio, mostrando que está la).

Com o tempo, vamos "soltando" o volante e deixando ele dirigir, no inicio deixamos um pouquinho mas ficamos tão apreensivos que tomamos a direção de volta, depois deixamos mais um pouquinho, mas como ele dirige diferente de nós ficamos com a mão no volante, quando ele faz uma curva a gente mete o pé no freio.

Ai ficamos na dúvida, quem está dirigindo? eu ou ele?.

Com o tempo começamos a pegar confiança nele e a soltar a mão da direção e vemos que ele dirige bem melhor do que a gente e começamos a "apreciar" a paisagem.

Para que ele dirija, temos que dar passividade, confiança, dar a direção para ele. Ele conhece outros caminhos, outros lugares, nunca se perde e sabe sempre pra onde está indo.

Umbanda + Candomblé = OMOLOKÔ


O Omolokô apresenta-se como um segmento de origem africana que surgiu no Brasil, dizem que no Rio de Janeiro, oriundo de uma miscigenação que ocorreu na época da escravidão onde eram comuns práticas afro-brasileiras similares ao que hoje conhecemos como Cabula e Omolokô.

Omolokô é uma palavra yorubá, que significa: Omo - filho e Oko - fazenda, zona rural (Por causa da repressão policial que havia naquela época, os cultos eram realizados nas matas ou em lugar de difícil acesso dentro das fazendas dos donos de escravos).

Talvez por causa disso hoje tenhamos as denominações de “terreiro e roça” para os lugares onde os cultos afro-brasileiros são realizados.

Podemos relacionar o significado da palavra Omolokô também a Orixá Okô, a deusa da agricultura, que era adorada nas noites de lua nova pelas mulheres agricultoras de inhame. Antigamente, a Orixá Okô era muito cultuada no Rio de Janeiro e assentada junto com Oxossi, daí viria a sua forte influência no culto Omolokô.

Nesse culto os orixás possuem nomes yorubá (Nagô), onde seus Orikis (tudo aquilo que se relaciona ao Orixá) e seu Orukó (nome) são trazidos através do jogo de búzios ou Ifá.

Muitas vezes os cultos Omolokôs são confundidos com Umbanda e muito de seus terreiros de auto-intitulam Umbandistas pois além de adotar muitos rituais umbandistas e darem consulta com as linhas de trabalho da Umbanda, também adotam muitos preceitos do Candomblé.

Seus assentamentos se parecem com os do candomblé Nagô. Os Exus são feitos de argila semelhantes a uma pessoa ou então simbolicamente em ferro.

As atividades com sacrifício animal geralmente são realizadas em sessões internas envolvendo apenas os membros efetivos dos terreiros (filhos de santo), sem espectadores (assistência) externos. Nessas cerimônias só é permitido a presença de iniciados no culto e que tenham um grau hierárquico dentro do terreiro. Dentre os animais utilizados nas chamadas oferendas ou obrigações, são utilizadas aves (galinha, patas...) e animais quadrúpedes (cabras, bodes, coelhos, carneiro...). Entretanto essas atividades chamadas de "Obrigação de Santo" só acontecem em casos de iniciação sacerdotal ou em outras ocasiões muito especiais.

A Hierarquia sacerdotal da Nação Omolokô segue a mesma estrutura dos grupos Yorubá:

- Babalorixá ou Yálorixá: sacerdote ou sacerdotisa, mais conhecido como pai de santo ou mãe de santo, é a autoridade máxima no culto ao orixá;
- Yákekerê e Babákekerê: filho de santo com obrigação de “Sete Linhas”.
- Dagã: a pessoa que tem mais tempo de iniciação dentro do terreiro;
- Ogã Nilú e Ogã Calofé: tocador de atabaque. Pessoa que dá início à maioria dos cânticos aos orixás nas giras (atualmente esses dois cargos têm sido ocupados por uma mesma pessoa);
- Axogun: pessoa que, nas obrigações, sacrifica os animais;
- Yábassé ou Yábá: cozinheira das comidas sagradas dos orixás;
- Combono: pessoa que nas giras atende aos Orixás;
- Exi-de-Orixá: filho de santo em geral;

Uma peculiaridade do culto Omoloko é que nele não existe o grau de “Mãe ou Pai Pequeno", como há em outros cultos afro-brasileiros. Para um iniciado tornar-se Babálorixá ou Yálorixá ele precisa ser iniciado nas sete obrigações que compõem a hierarquia sacerdotal, abrir seu próprio terreiro e ter seus próprios filhos de santo. Esse direito é adquirido quando o filho de santo faz a última obrigação que é chamada de “Camarinha”, na qual o filho de santo é iniciado e ao seu término recebe o direito de “criar” (iniciar) outros filhos de santo. Se esse filho de santo continuar no terreiro onde ele foi feito ele será chamado de Babákekerê ou Yákekerê – aquele que pode iniciar outros filhos de santo, mas não possui ainda o seu próprio terreiro.

Virtudes X Vícios


Quando você ascenciona para a Luz, o seu maior Dom, sua maior Virtude, irá fluir em você naturalmente. Este será o seu MISTÉRIO. Aquele em que você foi fatorado.

Se você é de OXALÁ, na luz será e agirá como um santo
Se você é de OGUM, na Luz será e agirá como um Guerreiro

Mas a sua maior virtude pode ser o seu maior vício...

Se o Amor flui naturalmente em você (Virtude), a inversão deste mistério - o Ódio (Vício) também fluirá naturalmente.

Na Luz a natureza do ancestre se mostra sua Virtude (Amor). Nas Trevas a natureza do Trono Oposto mostra o seu vício (Ódio)

- Desenvolver virtudes leva ao ALTO
- Desenvolver vícios leva ao EMBAIXO

Quando você tem um Dom e o usa para o Mau, você vicia este Dom e inverte o seu mistério.

Se Você possue o Dom da Fé e fazer mau uso dele, você estará invertendo sua virtude e passara a ter o Dom de Iludir, e facilmente iludirá as pessoas.

Quando se inverte um mistério, corta-se a ligação com o Trono do Alto e instantâneamente se liga ao Trono do Embaixo (o dos vícios e o dos mistérios invertidos).

Nos Campos da Ilusão (Mistério Lucifer) O Trono absorve a ilusão das pessoas já que a atração se torna natural (os afins de atraem). As pessoas, iludidas, acham que estão fazendo a coisa certa e vão caindo e descendo cada vez mais o padrão energético e entrando em faixas vibratorias cada vez mais baixas.

* Na era cristalina, os seres encarnavam apenas uma vez e muitos cairam de faixa vibratória. O Demiurgo (Regente) foi enviado ao encarne para dar sustentação à esses seres que estavam encarnando. Após seu desencarne, tanto eram os seres que estavam nas faixas negativas que ele permaneceu nessas faixas para dar sustentação a todos os seres que cairam. (Lucifer-yê)

Pai e Mãe de Cabeça, Orixá de Frente e Juntó?


Fomos Fatorados por um Trono, pelo Orixá Ancestral, que nos dará uma natureza, um DOM DIVINO. Esse Dom fluirá naturalmente por nós durante toda a nossa existência, o Dom da Fé, o Dom do Amor, etc...

Durante as encarnações, um orixá de Frente e um juntó, irradiarão suas vibrações o tempo todo (Obsessão Divina) para “aprendermos” aquele Dom ou Qualidade que não possuímos ou que estamos em carência, até que possamos irradiá-los. A Meta da encarnação é internalizar estas qualidades e irradiá-las.

Por exemplo: Se já possuímos uma natureza ancestral da Fé, receberemos, nesta encarnação, a vibração do conhecimento, para que possamos internalizar e passar a irradiar o conhecimento nos assuntos da fé, ou seja, tornar-se um doutrinador.

O ORIXÁ DE FRENTE atua em nosso racional. É a natureza do Orixá de Frente que mostramos para o mundo, de como as pessoas nos vêem. Se tenho Yansã de frente, as pessoas me verão com as qualidade de Yansã: guerreira, encrenqueira, expansiva, etc.... Nossa busca, nossa “missão” é internalizar estas qualidades.

O ORIXÁ ANCESTRAL (Pai ou Mãe de Cabeça) se mostrará na nossa natureza, internamente. Se possuo Oxum de ancestre, posso me mostrar forte (Yansá de Frente) mas no fundo sou sensível.

O JUNTÓ trará o equilíbrio e atuará no emocional. Se em uma situação as pessoas me vêem agitada (Yansã de Frente), no fundo estarei sensível (Oxum de Ancestre) mas reagirei friamente (Oyá Tempo de Juntó)

Se tenho o Dom da Fé (Oxalá de Ancestre) nessa encarnação irei buscar o conhecimento da fé (Oxossi de frente) de forma a unir as pessoas (oxum no junto) – Usando a razão, unirei as pessoas por um ideal.

Formas Plasmadas


No ALTO temos os Tronos Positivos, cósmicos e universais, é lá que está a nossa origem pois por um deles fomos fatorados.

Eles sustentam a criação atuando de cima para baixo. Os Tronos cósmicos apesar de absorvedores também são irradiadores de alguma qualidade.

No EMBAIXO há os Tronos Opostos, unicamente absorvedores, que sustentam a criação de baixo para cima. Eles não fatoram seres humanos , mas fatoram outros tipos de seres e criaturas. São os sustentadores das faixas negativas.

PADRÃO ENERGÉTICO – é o magnetismo de nosso mental, a média é 3+ ao 3-.

Os que encarnam vindos da terceira faixa positiva são pessoas muito boas (Chico Xavier, Madre Tereza...), os que encarnam vindos da quarta faixa positiva vem apenas para ascender e passar para a quinta faixa. Na 5ª Faixa Positiva não há mais corpo espiritual, o ser é pura Luz, não é mais necessário alimentação pois se alimentam do éter. Quando maior a faixa mais sutil o corpo espiritual.
Quando o Padrão energético do ser alcança a 3ª faixa negativa, O Trono Positivo (do Alto) que o fatorou não consegue mais dar sustentação àquele filho e o “passa” para o Trono Negativo.

O Trono Negativo irá dar a sustentação àquele ser e este perderá o direito à forma plasmada humana que o Alto dava sustentação pois irá absorver o Fator daquele trono que apenas fatora seres não humanos e criaturas. O corpo espiritual do ser humano irá deformar tornando-se parecido com algum dos seres e criaturas fatorados por aquele Trono.



Por Exemplo:
O Trono do Amor X Trono do Ódio
O Trono do Ódio fatora, entre muitos seres e criaturas, as cobras. O Ser perderá a forma plasmada humana sustentada pelo Trono do Amor e tomará a forma plasmada de uma cobra, sustentada pelo trono do ódio.

Os Planos da Vida e Evolução dos Seres


1º PLANO - FATORAL - 1 DIMENSÃO

A CENTELHA VIVA

Deus CRIA dentro de sí zilhões de seres e criaturas, são centelhas vivas esperando pela concepção.
Uma Divindade Masculina e uma Divindade Feminina se unem para conceber aquele ser (Nosso Pai e Nossa Mãe Ancestral), dando condições para que aquele espírito se anime, criando seu magnetismo (estrela da vida).
Se o Pai é Dominante, a mãe é recessiva então um ser masculino será concebido, e vice versa.
São como zigotos que se alimentarão de fatores puros (Orixás Ancestrais)

* O zigoto é denominado ovo e resulta da união de dois gametas. É uma célula totipotente, ou seja, é capaz de guardar as características genéticas dos progenitores.

2º PLANO - ESSÊNCIAL - 7 DIMENSÕES

VIRGINAIS INCOSCIENTES

Neste plano, ainda como ovóides, se alimentaram de essências e serão amparados por outra Mãe ou outro Pai (Orixás Essenciais) que os amparam. Quando absorverem as sete essências serão conduzidos para o próximo plano.

Essas essências protegerão e envolverão a estrela da vida.

3º PLANO - ELEMENTAL - 7 DIMENSÕES

INTUITIVOS ELEMENTAIS

Amparados por um Orixá Elemental o ser, parecendo um embrião, se alimentará de 1 elemento até o absorver por completo.

4º PLANO - DUAL - 33 DIMENSÕES

DUAIS INTUITIVOS

Amparado por outro Orixá Elemental, o ser se alimentará do seu segundo elemento.

* Alguns elementos não se combinam, como o fogo e água, por isso há 33 dimensões neste Plano

5º PLANO - ENCANTADO - 77 DIMENSÕES

ENCANTADOS SEMI-COSCIENTES

Seres puros, parecem crianças (muitos erês vem desse Plano de Vida, nunca encarnaram, mas já estão muito próximos do plano natural, alguns já encarnaram poucas vezes mas ainda estão muito ligados neste plano).

6º PLANO - NATURAL - 77 DIMENSÕES

RACIONAIS CONSCIENTES

Já possuem o raciocínio e o Livre Arbítrio.

7º PLANO - CELESTIAL - DIMENSÕES INFINITAS

MENTAIS HIPERCONSCIENTES

Mestres ascencionados

O Sexto Plano da Dimensão Humana



Quando o ser sai do quinto plano, ele vai para o sexto plano e ficará nele até se ascencionar e passar para o sétimo plano.

Todas as Dimensões são infinitas dentro de sí mesmas.

A Dimensão Humana é só uma das 77 Dimensões do Sexto Plano. Ela se assenta no nível neutro das faixas vibratórias e se abre para todas as outras através de portais e vórtices. É a única dimensão que possue uma contra-parte espiritual e o ciclo reencarnacionista.

As outrass 76 dimensões são regidas por Divindades e seus seres não encarnam, possuindo uma evolução mais lenta.

Apenas a Humana possue as 14 atuações no mesmo nível, tornando muito atrativa para os outros níveis pois nossa evolução é mais rápida.

Entretanto, porcausa do nosso adormecimento mental durante o reencarne, não conseguimos ver as atuações das Divindades, oque é comum nas outras dimensões.

Cada Dimensão é regida por um Orixá Natural e os seres naturais dessas dimensões são os orixás que incorporamos.

As Dimensão à direita é mais luminosa, colorida, radiante...

As Dimensões à esquerda menos coloridas, menos luminosas...

Em cada uma delas, seres naturais evoluem e vivem amparados e sustentados pela Divindade que os rege, possuindo todas as mesmas qualidades. As Naturais da Dimensão regida por Oxum são vistas por nós como Oxum e são elas que incorporamos.

Os vórtices ou portais são acessos de comunicação entre as dimensões. Em cada ponto de força há um portal para a Dimensão que rege aquele ponto. ex: cachoeiras portal para Dimensão regida por Oxum.

Eles estão sempre abertos para que haja a troca natural de energias, a dimensão Humana é a única que recebe todas as energias de todas as Dimensões do sexto plano. Sempre há, nestes portais, quardiões que os protegem e para passar de uma dimensão a outra é necessário a permissão dele e do regente assentado neste ponto de força.

Os naturais que veem destas dimensões possuem permissão para virem trabalhar no plano material, ou espiritual (nossa energia humana acelera a evolução deles).

Fatores dos Tronos


*FATOR: menor partícula existente, está na base da criação. São os mecanismos para que tudo funcione em harmonia.









TRONO DA FÉ - Fator magnetizador, congregador (une por um ideal) e cristalizador (define e mantém)

TRONO DO AMOR - Fotor Agregador (une) e renovador

TRONO DO CONHECIMENTO - Fator expansor e concentrador

TRONO DA JUSTIÇA - Fator equilibrador e direcionador

TRONO DA LEI - Fator ordenador e purificador

TRONO DA EVOLUÇÃO - Fator transmutador e decantador

TRONO DA GERAÇÃO - Fator Gerador e Paralizador

Um exemplo da atuação fatoral:

A Força Congregadora do Trono da Fé e a Força Atratora (agregadora)do Trono do Amor unem os planetas em torno do Sol para formar o Sistema Solar , a força Ordenadora do Trono da Lei os Ordena, a força direcionadora do Trono da Justiça dá a direção das rotações e assim por diante.

Se pegarmos uma cadeira (inanimada) e chegarmos às suas moléculas, veremos os elétrons se movimentando, é a força viva, a Imanência do Criador.

OS TRONOS SUSTENTAM ENERGETICAMENTE A MATÉRIA.

"O mundo estaria envolto por cordas como o de um violino, que quando vibram, ressoam gerando ondas que geram partículas" (Teoria das Super Cordas de Stephen King)

Os Tronos (Orixás) são geradores destes fatores (as cordas do violino), suas vibrações geram ondas que geram partículas que sustenta a matéria.

Todo Fator tem uma função que gera uma ação.

O Fator Ordenar (OGUM) tem a função de não deixar nada em desordem gerando uma ação de abrir, destrancar, arrancar, romper.

Manifestações de Religiosidade


TAMBOR DE MINA
Maranhão - afro-brasileira com influência Vodum (Jeji)
Cultuam os encantados - espiritos que se divinizaram (encantaram)

OMOLOCÔ
Mistura de Candomblé com Umbanda. Trabalham com os guias da Umbanda mas com os preceitos do Candomblé.

CATIMBÓ
Norte e Nordeste - Culto originado da pajelança e rituais angola-conguenses, aliados a práticas de feitiçaria, de procedências variadas. Posteriormente sofreu influências do Catolicismo e do Espiritismo. Suas finalidades são a cura, os conselhos e os "trabalhos" de feitiçaria, para obem e para o mal. Todo o trabalho é feito com tabaco e cachimbo para defumação.


JUREMA


Xamanismo Nacional - Toda "gira" é feita em volta da Mesa de Jurema, que contém as firmezas e os assentamentos do trabalho: copos, tronco de Jurema, chaves, crucifixos, tabacos, cachimbos e uma bebida feita de Jurema.
Depois de uma oração, os médiuns bebem a jurema (para facilitar o transe) e começam os trabalhos.

É muito forte em Recife. Alguns mestres juremeiros: Mestre Papai, Mestre Carlos, Mestre Bem-te-Vi, Mestre Coelho, Mestre Zé Pilintra (O maior mestre da Jurema), algums guias das linhas de trabalho da umbanda também se manifestam na Jurema, como baianos, maeinheiros, boiadeiros, etc...


TORÉ

Influência indígina - dança indígena

BABASSUÊ, JERÊ
Umbanda com maior influência da Jurema e do Catimbó

PAJELÂNÇA
Religião dos Pajés, manifestação dos grupos indígenas remanescentes, gostam de serem chamados de curadores. Xamanismo Natural, onde o pajé faz curas, fala com os espíritos e alguns possuem uma erva de poder (os tupis-guaranis usam a Jurema).


XAMANISMO

No Xamanismo você fica sabendo qual a sua erva de poder e qual o seu animal de poder. Este animal é como se fosse o seu protetor, ele incorpora em você (lembro muito alguns dos caboclos da Umbanda como o Águia Branca, Pantera Negra). A Umbanda explica este fenômeno como sendo genios da natureza (respon´saveis pelo seu equilíbrio) que se plasmam em formas de animais.

DAIME
Usam a Ayuasca para facilitar o transe durante danças e cantorias.


KIMBANDA

Trabalhos de esquerda apenas com Exus e Pomba Giras. Na África era um ritual fechado, tipo sociedade secreta.


XANGÔS

Candomblé no Nordeste


RELIGIOSIDADE FORA DO BRASIL

HAITI - Voodo com incorporação

CUBA - Santeria (Candomblé) / Palo (Omolokô) / Palo Monte (Kimbanda)

TRINDADE TOBAGO - Obeah e Kumina (sincretismo catotico+divindades+guias)

USA - HooDoo - incorporação de indios americanos (ex: Falcão Negro), as vezes incorporam dentro da igreja

SURINAME: Winti

MEXICO: Santa Muerte (remanescentes de maia e astecas)

VENEZUELA: Cultos a Maria Lionza (Pomba Giras) / Negro Felipe (Pretos-Velhos) Guiacu (Caboclos) - Juan (Exus) - São o nome da chefia da linha de trabalho deles onde todo Exu é Juan e toda Pomba gira é Juan - Maria Padilha - Juan Capa Preta, etc...

ARGENTINA. Culto a San la Muerte - Lorde da Morte - Exu

Os Tronos de Deus


Tronos de Deus são uma classe de DIVINDADES entre as várias que conhecemos como os anjos, arcanjos, serafins, querubins, dominações, potências, gênios, devas, etc.

Um Trono é uma divindade “assentada” e por isso o seu nome: Trono.

Os Tronos transcendem nossas concepções humanas acerca deles porque são em si mistérios de Deus. São mentais Divinos que possuem as qualidades de nosso Criador e que são responsáveis por um aspecto da criação e por um sentido da vida. São os Seres Divinos que dão sustentação à evolução dos espíritos desde o momento em que Deus os emana para que iniciem seus ciclos evolutivos.

Quando somos emanados (criados) por Deus não somos mais que uma centelha viva e luminosa que pulsa continuamente. É neste momento que começa a atuação dos seus Tronos, pois somos atraídos pelos seus magnetismos mentais Divinos e somos ligados às suas ondas mentais, que passam a nos “alimentar” dali em diante e para sempre.

No momento em que somos ligados às ondas mentais de um Trono, um cordão energético começa a nos saturar com as suas energias mentais e com suas naturezas Divinas nos imanta, magnetiza e individualiza lentamente para que, pouco a pouco, nós possamos “crescer” em todos os sentidos.

Os Tronos regem nossa evolução e são as Divindades responsáveis pela nossa natureza íntima, pela abertura das nossas faculdades mentais e nossos dons naturais herdados de Deus.

Eis os sete Tronos de Deus :

• Trono da Fé – rege a religiosidade dos seres
• Trono do Amor – rege a união, a concepção da vida
• Trono do Conhecimento – rege o aprendizado e o raciocínio
• Trono da Justiça – rege a razão, o equilíbrio em todos os aspectos da vida
• Trono da Lei – rege o caráter, o direcionamento e a ordenação da criação e da vida
• Trono da Evolução – rege o aperfeiçoamento, as passagens de estágios evolutivos
• Trono da Geração – rege o criacionismo, a geração e a criatividade

As Sete Linhas de Umbanda



Em cada Trono Divino há uma Divindade assentada que na Umbanda nominamos de Orixás Regentes.

As Sete Linhas de Umbanda são as irradiações planetárias dos Sagrados Orixás Regentes, que são essências indiferenciadas, pois não possuem denominação. Cada uma dessas essências atua num padrão vibratório que estimula e dá sustentação aos seres que vivem em todas as dimensões do planeta

A Umbanda tem nas Sete Linhas seus fundamentos.

A Linha Cristalina estimula a Fé (Religiosidade)
A Linha Mineral estimula o Amor/Concepção (Sexualidade)
A Linha Vegetal estimula o Raciocínio (Conhecimento)
A Linha Ígnea estimula a Razão (Juízo)
A Linha Eólica estimula a Ordem (Equilíbrio)
A Linha Telúrica estimula o Saber (Evolução)
A Linha Aquática estimula a Maternidade (Geração)

São sete irradiações, sete padrões vibratórios, sete sentidos da vida e sete sentimentos.

As sete irradiações dão origem a sete essências, que dão origem a sete elementos, que dão origem a sete tipos de matérias ou energias.

São Irradiações Divinas e cada uma flui num padrão próprio que influencia quem é alcançado por ela, alterando nossos sentimentos mais íntimos e o nosso padrão vibratório, estimulando sentimentos mais nobres e virtuosos.

Assentados nessas linhas estão os Divinos Orixás que, por sua própria natureza, são polarizadores e irradiam essas vibrações de forma passiva ou ativa.

Enquanto no nível da essência, elas são imperceptíveis, pois nos chegam direto de Deus. Mas quando as recebemos dos Orixás, elas são elementais e já foram bipolarizadas. Logo, as Sete Linhas assumem esta bipolarização, surgindo automaticamente dois polos em cada uma delas.

POLOS ATIVOS E POLOS PASSIVOS
A Linha da Fé
Oxalá é passivo - Oyá-Tempo é ativa

A Linha do Amor
Oxum é ativa - Oxumaré é passivo

A Linha do Conhecimento
Oxossi é ativo - Obá é passiva

A Linha da Razão
Xangô é passivo - Iansã é ativa

A Linha da Ordem
Ogum é passivo - Egunitá é ativa

A Linha da Evolução
Obaluaiê é ativo - Nanã é passiva

A Linha da Geração
Iemanjá é passiva - Omulu é ativo

Assim, temos Sete Linhas, mas catorze Orixás, pois uns ocupam os polos ativos e outros, os polos passivos.

É nesta bipolarização que os arquétipos dos Orixás vão se formando; aí eles vão se individualizando e assumindo atribuições específicas, mesmo atuando sob uma mesma irradiação. As linhas são afins com os orixás e estes com os sentidos e os sentimentos.